15 de fevereiro de 2014

Ela

Ela é quem sempre me fará pensar por mais.
Sentir demais.
Não tenho espaço para mais nada..
Hei de esperar todos os dias para que volte. Todos os dias para voltar a tê-la.
Dar-lhe a mão, uma banalidade.
Quem é que a poderá amar tanto em anos como eu num só dia?
Ela foi tudo o que eu poderei descrever no amor, dentro do amor só ela cabe em mim.
Não poderei dar-lhe mais do que o meu amor contínuo.
Não farei mais do que sentir a falta dela. Todos os dias até ao meu último.
Porque quando fecho os olhos é ela quem eu vejo.
Eu olho para mim e vejo-a.
Eu vejo a dor que senti quando partiu e o amor que sentia a explodir em todas as direções.
Quando me perguntarem o que é o amor, não poderei senão responder que é o cabo das minhas tormentas, das minhas noites em branco, das minhas lágrimas nos lençóis, das minhas memórias que nunca vão, do amor que partilhamos um dia.
Ela nunca saberá como eu a amo.
E isso é triste,
Mas ela será feliz. Ou é feliz.
Espero todos os dias que o seja.
Acordei a sentir-me tão nada, balancei por aí à procura de alguma coisa mas nada me sabe a nada.
Tudo o que vivo são as palavras que ecoam na minha mente e me dizem "és uma merda".
"O que é feito de ti? Estás tão diferente."

E nesse preciso instante sinto uma mancha de cólera que me corrói e dói quando repetem "Não eras assim.", como se eu os desiludisse. Como se alguma vez, no meu pouco espaço de vida, tenha tido tempo para agradar alguém!
É irónico.
Não sei ser de outra forma. Não sei sorrir ou deleitar-me com palavras como fazia de forma tão ingénua.
Não sei. E tudo me continua a saber a nada.

Então afasto-me. Desapareço de onde me conhecem porque eu já não me conheço.