17 de agosto de 2014

00h57

Não compreendo até que ponto é que a minha rotina, que a princípio seria excelente, agora se tornou tão insuportável.
Talvez acabasse por gostar mais do que o suposto. Aliás, esse acaba por ser sempre o dilema, nós nunca "gostamos" só. Ou não gostamos ou gostamos sempre "mais que o suposto", e esse, já é só por si o suposto. Gostar só porque sim.

Tease no final do papel

Talvez seja isso. Querer mais.
As diferenças que nos atropelam são também tão próximas das que me fazem "cair nas tuas graças". Que expressão tão clássica esta.
Amor não é isto.
Amor é aquele toque ínfimo, tão nosso, que nos trás tantas coisas. Não só um desejo indecente mas o despertar de um sensor empírico e romântico. É o manifesto da paixão. Um apoio incontrolável. O ato de se dar e não se querer de volta, e de tudo em troca, só se querer exatamente o mesmo do outro. A vontade, no sentido mais puro, de querer ficar o tempo todo.

Se é isto que sinto ou não sinto. Sinto juntamente receio de que não sintas.
E amor não é só sentir e dar, é também sentir e receber e sentir que se recebe.