11 de fevereiro de 2015

O pico

Estamos sozinhos à deriva. Aparece uma mente brilhante que nos suscita.
Alguém que aparece só por força do destino, que, subitamente, passamos a viver, que vai ficando. Gostarmos de alguém é uma ciência fácil, apaixonarmo-nos pelos sabores que envolve a pessoa, a expressão suave da pele, o toque sensível, o perfume.
É tudo uma constante fácil que nos atrai, cativa. Toxinas que se encontra na cocaína.
Amamos alguém através da ideia que é a partilha, a experiência, e não passa disso.
Sentimos que o destino nos abençoou para variar, a felicidade é um pico e atingímo-lo inúmeras vezes como o orgasmo num sexo inexplicável. A paixão no auge.
O mundo dá voltas e faz sentido desta forma.

O tempo dá-se.
Até ao dia.

Em que se resume tudo a uma palavra: perda. E que sujeitos sem fim desconhecem o termo.
As famosas noites escuras. Somos totalmente atropelados por uma série de más sensações.
Uma quebra de sanidade. Inconstância de estados de alma. Fotografias inevitáveis.

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